A Comissão de Mulheres Sinjorba preparou uma programação especial para este mês de março, com uma agenda de mobilizações, ações e atividades dedicadas às jornalistas baianas.
As ações terão início no próximo domingo, 08 de março – Dia Internacional da Mulher, quando as mulheres sairão em marcha do monumento do Cristo na Barra, em direção ao Farol. A caminhada tem como objetivo protestar contra os ataques aos direitos trabalhistas, os desmandos do atual Governo Federal e todas as formas de violência e discriminação. A concentração das(os) jornalistas será às 8h45min, em frente ao Barravento.
Já o dia 09 de março, será o Dia de Luta das Mulheres Jornalistas, data escolhida pela Comissão de Mulheres da Fenaj para protestar contra os assédios moral e sexual, enfrentados pelas jornalistas no Brasil durante o exercício da profissão, com o lema “Lute como uma jornalista”. Para fortalecer a mobilização, o Sinjorba convoca as companheiras para que vistam lilás ou roxo no dia 09 de março em forma de protesto, em seus locais de trabalho, contra os ataques sexistas, machistas e misóginos, exigindo respeito.
A Comissão também preparou um calendário de visitas aos veículos de comunicação e assessorias, que serão realizadas de 09 a 19 de março, para entrega de folders, brindes e um bate-papo com as jornalistas. “Nossos colegas estavam carentes de uma entidade profissional ativa e estamos tentando retomar a relação entre Sindicato e jornalista. Esse mês, com uma programação toda dedicada às jornalistas, é mais um passo dado para essa reaproximação, além de aproveitarmos para combater o assédio, machismo, sexismo e todas as formas e opressão sobre nós mulheres”, ressalta Fernanda Gama, vice-presidente do Sinjorba e integrante da Comissão de Mulheres da Fenaj.
Roda de conversa
No dia 20 de março será realizada a roda de conversa “Mulher Jornalista: a pauta é você”, na Arena Fonte Nova, a partir das 14h. Profissionais conhecidas do jornalismo baiano já confirmaram presença, como Malu Fontes, Helô Sampaio, Suzana Barbosa, Nardele Gomes, Cintia Kelly, Carmela Talento, Suely Temporal, Carla Araújo e Einar Lima. O evento contará ainda com atividades de relaxamento, sorteios de vouchers para atendimentos terapêuticos e um tour pela Arena.
Para a coordenadora da Comissão de Mulheres Sinjorba, Isabel Santos, o debate sobre os problemas enfrentados pelas jornalistas no exercício da profissão, como a diferenciação de salários e os assédios moral e sexual, é necessário e urgente. “O Sinjorba, nesse processo de reestruturação, que batizamos de ‘Começar de Novo’, instalou a Comissão de Mulheres, que está dando o ponto pé inicial de suas atividades com uma intensa programação para marcar o Março Mulher. A intenção é nos mobilizar, nos unir para discutir, com garra, mas sem perder a leveza do nosso feminino, toda nossa problemática e nos engajar aos demais movimentos de mulheres na Bahia e no Brasil para tentar mudar esse ‘status quo’ social e político, que nos envergonha. É preciso urgentemente dar um basta”, enfatiza a jornalista.
Vida em Flor
Finalizando a programação do mês da mulher, o Sinjorba vai promover, em parceria com a empresa “A Vida em Flor”, a “Semana do Bem-estar para a mulher jornalista”, com atividades e atendimentos terapêuticos gratuitos, de 23 a 27 de março. As inscrições já estão abertas, com vagas exclusivas para atendimentos em diversas práticas, como terapia floral, microfisioterapia, psicoterapia, oficinas e workshops (Inscrições AQUI). A Vida em Flor fica na Travessa Petrobras, 43ª, Stiep (saiba mais acessando o site http://www.avidaemflor.com.br/).
Essa é a primeira vez que o Sinjorba promove uma programação dedicada as mulheres jornalistas e cria uma comissão específica para esse gênero. “Percebi que havia essa demanda no Sindicato e propus criar a Comissão de Mulheres do Sinjorba. Maioria entre a categoria, as jornalistas mulheres recebem salário 16,1% menor que os homens, são vítimas de violência durante o exercício profissional em 21,67% dos casos em que houve identificação do gênero, além de serem mais acometidas pelas doenças ocupacionais e traumas psicológicos originados no ambiente de trabalho”, diz o presidente da entidade, Moacy Neves.
Para ele, seu papel, como homem, é respeitar as mulheres e, como dirigente sindical, tentar ajudar a mudar o cenário atual. “Conclamo as colegas jornalistas a aderirem a esta luta e convido meus colegas a mudarem o nosso comportamento secular, machista, no cotidiano, em casa e no trabalho”, finaliza.