A contaminação pelo novo coronavírus entre os jornalistas e demais profissionais da comunicação vem aumentando consideravelmente na Bahia, com registro de casos em Salvador e no interior. Na Rede Bahia, oito profissionais testaram positivo, nas equipes da TV Bahia e TV Santa Cruz, sendo um jornalista. No jornal A TARDE, um motorista também apresentou o problema, já na Record TV Itapoan um jornalista testou positivo, enquanto um está com suspeita.
Antes mesmo da confirmação desses casos, o Sinjorba já havia solicitado à Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) a inclusão dos jornalistas e demais profissionais de imprensa nos grupos de testagem para Covid-19 (clique aqui). Antes, em 16 de março, início da quarentena, a entidade enviou documentos a todos os veículos de comunicação, com procedimentos e orientações que poderiam ser adotadas pelos profissionais e pelas empresas para evitar a exposição à doença (clique aqui).
Para o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, é necessário que as empresas ajam com transparência ao tratar dos cuidados preventivos que estão tomando, já que diz respeito à saúde dos trabalhadores. “Queremos que os veículos se responsabilizem pela testagem dos jornalistas. Além disso, é necessário mais cuidados com os profissionais que precisam ir às ruas, não enviando o trabalhador para uma pauta em transporte comunitário, por exemplo, bem como somente em situações extremas, evitando coberturas desnecessárias, além de fornecer EPIs regularmente”, reivindica.
O Sinjorba também pediu a vacinação de todos os profissionais de imprensa contra o H1N1, mas infelizmente poucas prefeituras atenderam o pleito. “O jornalismo foi considerado serviço essencial, mas não foi incluído nas medidas para evitar o contágio ao covid-19 e nem nas campanhas de vacinação contra a gripe”, diz Fernanda Gama, vice-presidente da entidade. A Sesab não respondeu até agora aos ofícios enviados pelo Sindicato e só as prefeituras de Jequié, Vitória da Conquista e Tanhaçu vacinaram jornalistas e radialistas contra o vírus Influenza.
Diante da falta de coerências das autoridades, que decretam a essencialidade do serviço, mas não criam condições para isso, cabe às empresas tomar providências e cuidados para preservar a saúde dos profissionais
Covid-19 avança nos veículos de comunicação e Sinjorba pede medidas
151