Dr. Roberto Badaró
Infectologista e pesquisador chefe do Instituto de Inovação em Saúde Senai – Cimatec
A pandemia do COVID-19 está completando quatro meses, desde que tiveram início os relatos de casos graves na China, porém o primeiro caso ocorreu em Wuhan, na província de Hubei, em 16 de novembro de 2019.
Atualmente são oficialmente confirmados 386.249 casos no mundo, com 17.252 mortes até hoje (24.03), às 13h. O Brasil é o 18º entre os 162 países que estão vivendo a pandemia de COVID-19, com 1967 casos e 34 mortes. A Bahia registra 76 casos e nenhuma morte. Sendo o primeiro caso registrado no dia 6 de março deste ano.
As medidas drásticas de contingência, tomadas nas últimas duas semanas, podem estar retardando a expansão exponencial do COVID-19 na Bahia. Se as medidas de distanciamento social, suspensão de atividade de grupo, paralisação de escolas e, agora, de estabelecimentos que propiciam aglomeração de pessoas não fossem iniciadas, teríamos seguramente pelo menos três vezes o número de casos que existe hoje.
O Cimatec está capitaneando ações importantes para colaborar com o controle da infecção pelo COVID-19. No laboratório de tecnologias avançadas em controle de doenças infecciosas, neoplásicas e degenerativas do ITS (Instituto de Tecnologia da Saúde) houve implantação da produção de testes para detecção do COVID-19 que, na próxima semana, já começam a ser oferecidos.
Para fazer frente à falta de álcool etílico, o Cimatec Park montou uma central de produção que, em 36 horas, estará envasando álcool etílico a 70%, para uso em limpeza de superfície e locais que podem apresentar alta contaminação pelo COVID-19. Tal produção se dá graças a uma grande infraestrutura, que envolve a aliança de empresas de transporte, usinas de produção de álcool, fábrica de refrigerantes para fornecimento de vasilhames (garrafas pet) e de embalagens, empresas de logística de distribuição e outras.
O mesmo Cimatec Park investe também em estrutura para apoiar a manutenção de respiradores, para garantir a sobrevivência de pessoas internadas nos hospitais públicos da Bahia.
Sindicato dos Jornalistas da Bahia – Sinjorba
Federação Nacional dos Jornalistas – Fenaj