O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (SINJORBA) marcou presença na festa jornalística-literária realizada nessa terça (20), na Assembleia Legislativa da Bahia, com o lançamento de três livros de crônicas escritos por Tasso Franco, Chico Ribeiro Neto e Zé Américo Ipiaú. São jornalistas com larga folha de bons serviços prestados à imprensa baiana e também escritores tarimbados, com dezenas de livros publicados e ainda ótimos contadores de histórias, em obras editadas pelo Programa ALBA Cultural, coordenado pelo jornalista Paulo Roberto Bina. Nossa diretora Jaciara Santos representou oficialmente a entidade e levou a homenagem sindical aos três colegas. Mônica Bichara e Ney Sá, também dirigentes, prestigiaram a atividade.
A anfitriã da sessão tripla de autógrafos foi a presidente da Casa, deputada Ivana Bastos, para quem o triplo lançamento “é um gesto público de reverência à memória, à cultura, à Bahia que pulsa em suas cidades, figuras populares e seus recantos. E que feliz coincidência que esse lançamento ocorra durante a celebração dos 80 anos do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, aqui representado por uma Jornalista com a resiliência de Jaciara Santos, que nunca desiste da luta”, elogiou a chefe do Legislativo baiano.
“Museu do Chico”; de Chico Ribeiro Neto; “Personagens de Ipiaú”, de José Américo Castro; e “O Andarilho da Cidade da Bahia”, de Tasso Franco, são livros de memória, que evocam reminiscências da Bahia, em vivências em Salvador e no interior do Estado.
ANDARILHO
Tasso Paes Franco, em “O Andarilho da Cidade da Bahia”, traça um perfil amoroso, saudoso, mas também soturno da Salvador de hoje, com lares baianos, ricos ou pobres, que vivem enjaulados por conta da violência. Os textos são poemas em forma de prosa. Criador e editor do site Bahia Já, ele tem mais de uma dúzia de títulos lançados. Editor de “A Tarde”, Tasso foi também editor dos extintos jornais “Diário de Notícias” e “Bahia Hoje”, chefe de reportagem do igualmente extinto “Jornal da Bahia”, dirigiu a Empresa Gráfica da Bahia e foi, por oito anos, secretário de Comunicação da Prefeitura de Salvador.
“Essas histórias do meu livro, esses pedacinhos, como dizia o professor Cid Teixeira, compõem a história da Bahia e do Brasil. Hoje vivemos enjaulados na cidade, classe média, população de baixa renda, todos com grade por todos os lados. Situação bem diferente de quando cheguei aqui, na década de 1960. Que a presidente Ivana Bastos possa dar continuidade a este projeto ALBA Cultural, porque a Assembleia tem feito um trabalho extraordinário na área cultural”, elogiou Tasso.
IMAGINÁRIO
José Américo Castro, o Zé Américo, descreve, de forma hilária em “Personagens de Ipiaú”, tipos folclóricos que povoam o imaginário popular da cidade, além de retratar personagens e locais que marcaram a vida de todos os ipiauenses. Profissionalmente, José Américo trabalhou em órgãos de imprensa de Salvador, com destaque para o Caderno de Municípios do jornal “A Tarde”, mas optou por viver na sua terra natal. Poeta, cronista do cotidiano e memorialista, o jornalista foi secretário municipal de Cultura de Ipiaú e continua mobilizando os seus conterrâneos como agitador cultural.
“Cada pessoa, por mais insignificante que possa parecer, tem uma história bonita e aí eu mergulhei no mundo dessas pessoas fantásticas, ditas malucas, mas que apresentam a verdadeira riqueza do povo de minha terra. Este livro tem o tripé da poesia, da história e do humor e me honra muito. Este projeto da ALBA deve ser um espelho para que os municípios possam adotar uma editora para atender seus poetas, cronistas e escritores”, destacou José Américo, afirmando que “Ipiaú domina o Mundo”, pois o livro é sucesso estrondoso em toda a Região Sudoeste e até na França, Turquia e Nova Iorque.
MEMÓRIA
Chico Ribeiro Neto trabalhou em jornais da capital e sucursais de grandes órgãos de comunicação do país. Em “A Tarde” foi editor de Economia, chefe de reportagem e secretário de redação. No livro “Museu do Chico”, ele reúne lembranças da infância e juventude no interior da Bahia, bem como histórias vivenciadas em Salvador, contadas por ele próprio, Francisco Ribeiro Neto, o Chico, com muito lirismo e humor. Em rápido pronunciamento, Chico lembrou das palavras da mãe Cleonice, que era dona de pensão nas Mercês. “Você ficou perdido assim porque eu não tive tempo de cuidar de você. De pronto, respondi: eu não fiquei perdido, eu me achei nas águas da Praia do Unhão, nas esquinas da turma de rua, nos babas do Largo dos Aflitos. Obrigado, mamãe Cleonice”, chorou o jornalista dos chistes e do permanente bom-humor.
As ilustrações dos livros de Chico e Zé Américo são de autoria de Borega; design gráfico e diagramação de Bira Paim; assistência editorial de Idalina Vilasboas e Alexsandro Mateus. O projeto gráfico e a capa do livro de Tasso Franco, são de Tasso Filho e Vitoria Giovanini.
A sessão de autógrafos contou ainda com a presença de dirigentes de associações, sindicalistas, profissionais de comunicação, parentes e amigos dos autores; dos deputados Luciano Araújo (SD), Roberto Carlos (PV). Fabíola Mansur (PSB), Antônio Henrique Júnior (PP), e da vice-presidente da ALBA, Fátima Nunes (PT). Também marcaram presença o ex-senador Waldeck Ornelas, os ex-conselheiros do TCM, Paolo Marconi e Fernando Vita; os ex-deputados estaduais Capitão Tadeu e Emiliano José. O agitador cultural Clarindo Silva; Ernesto Marques, presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI); a presidente do Instituto Assembleia de Carinho (IAC), Tanisia Cunha; e o ex-prefeito de Macajuba, jornalista Aécio Pamponet.