A emissão da carteira oficial de jornalista profissional no Brasil é atribuição exclusiva da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), assegurada pela Lei nº 7.084, de 21 de dezembro de 1982. Isso é feito por meio dos sindicatos, nos estados e independe do profissional ser ou não sindicalizado, mas é obrigatório que tenha registro profissional emitido pelo governo.
O alerta é da direção do Sindicato dos Jornalistas Profissionais da Bahia (Sinjorba), em função de uma campanha que vem sendo feita pelas redes sociais por uma tal Associação Brasileira dos Jornalistas (ABJ), anunciando uma carteira semelhante à oficial emitida pela Fenaj. Até a cor e as fontes utilizadas no documento são parecidas (veja imagem), numa clara intenção de enganar as pessoas.
Em especial no interior do Estado esta entidade vem oferecendo este documento fake, de forma a confundir os incautos a adquirirem um cartãozinho sem qualquer validade. A Fenaj já denunciou o “plágio” e deixou claro que a carteira da ABJ não passa de um comprovante de filiação à associação, sem qualquer valor como identificação oficial, como tem a carteira da Fenaj.
“O plágio tem a intenção clara de confundir tanto os profissionais de imprensa quanto a sociedade. Alertamos a categoria para possíveis prejuízos financeiros, sem falar nos riscos de constrangimentos morais pela falta de validade dessa carteira como documento de identificação. Essa ação, partindo de uma associação sem atuação política em defesa dos direitos da categoria, não pode ter um objetivo nobre”, observa Moacy Neves, presidente do Sinjorba.
Em resposta à postagem com a foto da carteira semelhante à da Fenaj e o convite para filiação à “única entidade nacional que aceita jornalista com ou sem diploma”, profissionais habilitados reagiram questionando a validade do documento. Um deles, o colega Pedro Castro, em postagem no Facebook, classificou o plágio como “picaretagem” e defendeu a legitimidade do diploma para o exercício da profissão.