O Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) se solidariza com a equipe da TV Chapada, que foi vítima de cerceamento da atividade profissional, por parte da Prefeitura de Morro do Chapéu, cidade a 395 km de Salvador. O fato ocorreu na sexta (04), no primeiro dia do 2º Festival de Inverno de Morro do Chapéu-Ba, quando a equipe foi impedida de exercer as suas atividades de jornalismo no palco e camarote do evento, apesar de o acesso ter sido permitido a representantes de outras mídias.
O diretor da TV, Evaldo Rodrigues, procurou no local o responsável da segurança para entender o que aconteceu. Um senhor de nome Renato saiu e ao retornar relatou que pessoalmente a prefeita Juliana Araújo (PL), assim como a secretária de Comunicação, Isabele Navarro, que se encontravam no palco. Entretanto, ambas negaram o direito de exercício profissional aos representantes do veículo. Ainda de acordo com o chefe da segurança, ele foi ameaçado de expulsão, caso liberasse acesso para a equipe da TV Chapada, segundo Evaldo Rodrigues. “O pessoal da segurança foi cordial, no entanto não tinha essa prerrogativa de liberação”, informou.
Durante a semana, nos dias que antecederam o festival, representantes do meio de comunicação fizeram solicitações de forma presencial e por meio do WhatsApp oficial da prefeitura, de credenciamento para acesso as dependências da festa. No entanto, não houve retorno por parte da administração municipal. A equipe – formada pelo jornalista e diretor de redação William Alves, o repórter Dayvisson Oliveira e o repórter cinematográfico Ricardo Silva – foi impedida de entrar na área do palco pelos seguranças do evento.
A direção da TV Chapada divulgou nota de repúdio, “contra todo e qualquer tipo de tentativas de cerceamento da liberdade de imprensa e de expressão, seja contra jornalistas, comunicadores sociais ou veículos de comunicação, que exercem o papel de bem informar à sociedade. O trabalho da TV vai continuar independente e livre”, diz trecho do comunicado.
Os membros da TV ressaltam que a equipe tentou acesso á área restrita para poder fazer algumas imagens, entrevistar com os artistas, fazer algumas tomadas de imagem em cima do palco. “Não seria acesso a camarote”, afirmam.