Em audiência telepresencial com o Ministério Público do Trabalho, nesta segunda-feira (23), jornalistas da Tribuna da Bahia denunciaram uma série de infrações à legislação trabalhista cometidas pela empresa. Entre outras queixas, os colaboradores listaram o atraso de salários – que já se estende desde outubro – o pagamento irregular de férias e o não recolhimento do FGTS e da contribuição à Previdência.
Acionado pelos trabalhadores, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia (Sinjorba) enviou ofício à empresa, solicitando reunião com a diretoria, para apurar a denúncia e negociar uma solução em caráter emergencial. “Trata-se de uma situação inaceitável”, enfatiza o presidente Moacy Neves. “Precisamos de uma resposta urgente da Tribuna, porque é inadmissível que um trabalhador em dia com suas obrigações fique quatro meses sem salário”.
Mas as irregularidades no jornal vão além. E se multiplicam no dia a dia. Falta de pagamento do transporte para pautas externas, desrespeito à jornada legal de 5h, acúmulo e desvio de função, assim como uso indevido da mão de obra estagiária.
Home Office – Outra situação denunciada se refere ao trabalho em home office. De acordo com a queixa, os colaboradores que atuam nesse regime não recebem ajuda de custo e são obrigados assumir gastos com equipamentos, pagamento de internet, energia e manutenção de computadores.
Além de acompanhar as conversas entre trabalhadores e MPT, o Sinjorba aguarda resposta da Tribuna à solicitação de reunião com a empresa.