Inaugurada na semana passada com o nome do jornalista e escritor Florisvaldo Mattos, a Biblioteca do Jornalista Baiano, na sede do Sindicato dos Jornalistas da Bahia, já conta também com os livros de Jolivaldo Freitas, Ari Donato, Vanda Amorim e Chico Muniz, somando-se aos de Florisvaldo Mattos, Ruy Espinheira, Fernando Vita, Nelson Cadena, Elieser Cesar, Jorge Ramos, Carlos Navarro, Joana D‘ Arck, Tasso Franco, João Carlos Teixeira Gomes, Sérgio Mattos, Cau Gomez, Alessandra Nascimento, Jaciara Santos, Emiliano José, ZédeJesus Barreto, Franciel Cruz, Alberto Freitas, Luís Pimentel, César Rasec, Lúcia Correia Lima e Jari Cardoso.
JOLIVALDO FREITAS
Jolivaldo Freitas começou a carreira de jornalista aos 17 anos, em 1971, quando virou colaborador do jornal mimeografado “O Pegâncio”, do bairro da Boa Viagem, em Salvador. Estagiou no Jornal da Cidade, semanário que circulava na Gamboa de Cima, até tomar coragem e bater às portas do Diário de Notícias para pedir emprego. Ficou somente alguns dias, movendo-se para a redação de A Tarde, na Editoria de Polícia. Em 1976, transferiu-se para a Tribuna da Bahia, levado pelo jornalista e escritor João Ubaldo Ribeiro. Foi também frila da Veja e do Jornal do Brasil até que, em 1978, integrou a equipe de criação e implantação do Correio da Bahia. No ano seguinte, estava de volta à redação de A Tarde.
Em crise existencial, foi parar na publicidade – primeiro como Diretor de Criação da Scala, de Fortaleza; depois, Norton Publicidade; DPZ; Uauá Publicidade, Publivendas (hoje Moria), Fregapane Comunicação; e, por fim, freelancer da Propeg, sob a batuta do publicitário Fernando Barros.
Em 1986, voltou ao Jornalismo, na função de Repórter de Política da Tribuna da Bahia, atuando depois como Chefe de Reportagem, Editor de Cultura e Secretário de Redação. Foi o criador do jornal e revista da Barra. Em 1999, a convite do jornalista Carlos Libório, assumiu a Chefia de Reportagem da TV Bahia, onde permaneceu por 11 anos. Entre 2007 e 2008, levado pelo jornalista e ex-presidente do SINJORBA Raimundo Lima, viveu em Angola, trabalhando na formação de jornalistas e na modernização do Jornal de Angola. Atualmente, é diretor do portal NotíciaCapital e mantém, há 30 anos, uma coluna de crônicas na Tribuna da Bahia.
Para a Biblioteca do Jornalista Baiano, Jolivaldo entregou um exemplar do romance “A Peleja dos Zuavos Baianos Contra Dom Pedro, os Gaúchos e o Satanás”, contando a saga dos Zuavos baianos – batalhão de soldados negros e mestiços que se alistou nos Voluntários da Pátria e foi lutar na Guerra do Paraguai, conflito que ocorreu entre os anos de 1864 e 1870. A guerra envolveu o Paraguai e a tríplice aliança Brasil, Argentina e Uruguai.
Ainda faltam na estante: “Raizes: Vida, Saga e Aventuras de Um Homem Chamado JCO”, 2023; “Estilhaços de Uma Existência: Vida, Saga e Ventura de Um Velho Coronel”, 2022; “Histórias da Bahia – Jeito Baiano: Origem das Festas, Ruas, Monumentos, Casos e Jeito Baiano”, 2018; “Origens e Histórias do São João na Bahia: Tradições, Culinária, Brincadeiras, Danças, Cancioneiro e Simpatias”, 2018; “Manual Sintético e Minimalista Para Entender Um Pouco de Política e Ideologia”, 2018; “Histórias e Folclore da Mais Bonita e Antiga Avenida de Salvador”, 2017; “Tesouros do Comércio”, 2013; “Baianidade, Baianadas, Balangandãs & Mandigas”, 2012; “Histórias da Bahia – Jeito Baiano”, 2011; “Vulgar – Brincando Com o Sexo e Outras Bobagens”, 2008; “Baianadas, Bobeiradas & Abobrinhas”, 1994; “Amor Roxo”, 1984; “Malvinas & Autofagia”, 1979; “A Lâmina no Coração”, 1978; e “Cemitério de Cães Noturnos”, 1976.
ARI DONATO
Em 1972, Ari Donato trocou a vida pacata de Guanambi, no Sudoeste da Bahia, onde nasceu, em 1953, pela agitação de Salvador, a velha cidade da Bahia. Foi bancário, por dois anos, do Banco de Crédito Real de Minas Gerais, justamente na Rua Chile – local da sede do Sindicato dos Jornalistas da Bahia. Ajudou a fundar e mudou-se para a Residência Estudantil de Guanambi. Integrou a Comissão de Imprensa do Diretório Central dos Estudantes, o que redundou na criação e edição do jornal Viração. Em 1978, jogou pra cima o capelo e levantou o canudo de bacharel em Jornalismo pela Escola de Biblioteconomia e Comunicação – hoje, Faculdade de Comunicação – da Universidade Federal da Bahia.
Na vida jornalística, começou como estagiário na Editoria de Esportes de A TARDE, sob o comando do jornalista Genésio Ramos. Passou por inúmeras editorias, atuando como repórter, até assumir a chefia do Caderno Rural, a partir de 2003. Em paralelo, também construiu sua carreira como servidor do Tribunal de Justiça da Bahia, funcionando como Assessor de Imprensa nas gestões dos desembargadores Gérson Pereira dos Santos, Mário Albiani, Paulo Furtado e Ruy Trindade.
Músico, apaixonado pelas modas de viola, Ari Donato entregou para a Biblioteca Florisvaldo Mattos os livros “Amados!”, 2022, com 55 cantos que contam a história de amor entre seus pais, Amado e Amada, nos rincões da Serra Geral; “A Criação, Não a Criatura”, 2019, com prefácio do jornalista Carlos Navarro; “Tropeiros, na Trilha do Amor”, 2016, ficção e realidade, narrando a presença de tropas e tropeiros na região do sudoeste da Bahia entre os anos 1912 e 1922; e a trilogia “Caravanas”, 2011, relatando as ações do Tribunal de Justiça pelo interior da Bahia.
VANDA AMORIM
Natural de Paulo Afonso/BA, onde nasceu, em 1962, Vanda Maria Amorim é jornalista formada pela Universidade Católica de Pernambuco, com MBA em Mídia e Comunicação Integrada pela Faculdade de Tecnologia Empresarial (FTE). Começou na redação da Rádio Globo Recife como redatora e, posteriormente, produtora. Ainda na capital pernambucana, trabalhou no setor de programação da Rádio Jornal do Commercio. Em 1986, retornou à Bahia e, no ano seguinte, foi para o Extremo-Sul, como Diretora de Programação e Jornalismo da Rádio Alvorada, em Teixeira de Freitas, produzindo e apresentando o programa jornalístico “Jogo Aberto”.
Em 1989, aportou em Salvador para a assessoria do deputado e jornalista Emiliano José. Passou pela Fundação das Artes, sob a gestão do sociólogo Ordep Serra – hoje, Fundacão Cultural do Estado. Nos jornais da capital baiana, trabalhou na Tribuna da Bahia e A Tarde, navegando por entre as editorias de Cidade, Política e Jornal de Domingo, no qual produzia matérias especiais. Foi Assessora de Comunicação de prefeituras, cooperativas, sindicatos, parlamentares e da Defensoria Pública do Estado da Bahia, onde, em março de 2021, recebeu novas atribuições: captação de recursos para projetos institucionais.
Na WEB, é responsável por três blogs: forquilha.blogspot.com; vandaamorim-janelaparacomunicacao.blogspot.com; e cartasaooutroladodocaminho.blogspot.com.
Para a Biblioteca Florisvaldo Mattos, Vanda entregou seu primeiro romance: “Amor em Pedaços”, 2022, que narra a história de amor, contada em diários, que vive, há 40 anos, com o seu marido, Roberto. Conheceram-se e começaram a namorar quando ela tinha 15 anos. Desencontraram-se por 10 anos e se reencontraram em Salvador para nunca mais se perderem.
CHICO MUNIZ
Francisco Carlos Muniz é conterrâneo de Caetano & Bethânia, de Santo Amaro da Purificação, onde nasceu, em 3 de dezembro de 1956. É da turma de 1978 da Escola de Biblioteconomia e Comunicação, da Universidade Federal da Bahia (UFBA). Além de escrever, também ilustrava os jornais Daqui e Kwlunshaba – este em parceria com o jornalista Flávio Ciro – que circulava na cantina de Beré ou à sombra do grande flamboyant que se debruçava sobre o Vale do Canela.
Passou pelas redações de A Tarde e Tribuna da Bahia, mas fez carreira mesmo na Assessoria de Comunicação da UFBA, onde se aposentou.
Desde 1996 estuda o Espiritismo. Apaixonado pelas lições e relatos referentes ao Evangelho e à vida de Jesus de Nazaré, em 2013, publicou seu primeiro livro espírita: “Lições do Evangelho para a Vida Prática”. E não mais parou, seguindo-se “O Chamado”, 2014, e “Casas do Evangelho”, 2017. Em 2018, lançou “Por Causa Dele – Pequenas Histórias do Tempo de Jesus”, no cinquentenário da Casa de Oração Bezerra de Menezes. Trata-se de uma coletânea de 20 contos que dá voz e vez a personagens que só são citados “en passant” nos relatos dos evangelistas Mateus, Marcos, Lucas e João. A obra “As Patas do Caranguejo” veio à luz em 2020. Em 2023, lançou o seu sexto livro: “O Alfabeto Divino”, com mensagens de autoria da amiga espiritual Irmã Rafaela, que “exortam-nos a perseguir conscientemente o caminho do autoaprimoramento através de ações abnegadas em favor do próximo”.
MAIS JORNALISTAS
A Biblioteca Florisvaldo Mattos quer contar também com as obras dos jornalistas-escritores Albenísio Fonseca, Albino Rubim, Alexandre Lyrio, Ana Paula Ramos, André Holanda, Antônio Dias, Antônio Matos, Antônio Torres, Aurora Vasconcelos, Biaggio Talento, Carla Trabazo, Carlos Barbosa, Carlos Ribeiro, Cássia Candra, Césio Oliveira, Chico Araújo, Chico Ribeiro Neto, Clara Albuquerque, Cláudia Correia, Cláudia Quadros, Eduardo Bastos, Elias Machado, Elton Serra, Fernando Conceição, Gabriela de Paula, Gilka Bandeira, Giovanni Giocondo, Gonçalo Junior, Heliana Frazão, Helô Sampaio, Hérica Lene, Ivana Braga, Itamar Ribeiro, Jan Aline Silva, Jean Willis, Jeremias Macário, Jessica Smetak, João Leite, João Santana Filho (Patinhas), José Carlos Teixeira, Josélia Aguiar, Juarez Bahia, Lília Gramacho, Lílian de Souza, Luís Gama, Luis Guilherme Pontes Tavares, Luiza Torres, Marcelo Dantas, Marcelo Torres, Marcelinho Simões, Márcia Luz, Marcos Navarro, Marcos Palácios, Marcos Uzel, Marcus Gusmão, Mariana Paiva, Mariluce Moura, Mery Bahia, Mônica Lima, Muniz Sodré, Nelson Cerqueira, Nestor Mendes, Nildão, Nilson Galvão, Oleone Coelho Fontes, Orocil Pedreira, Oscar Paris, Othon Jambeiro, Otto Freitas, Paolo Marconi, Patrícia Sá Moura, Paulo Leandro, Roberto Macedo, Rogério Menezes, Samuel Celestino, Sebastião Nery, Sérgio Guerra, Sônia Serra, Stela Alves, Susana Varjão, Symona Gropper, Valber Carvalho, Valter Xéu, Vander Prata, Waldomiro Junior, Washington de Souza Filho, Wilson Midlej, Zé Américo Castro, Zezão Castro, entre outros.
Entre os fotógrafos e cartunistas, já estão convidados os colegas Agliberto Lima, Anizio Carvalho, Antônio Queirós, Borega, Carlos Casaes, Elói Correia, Gentil, Setúbal, Helder Reis, Marco Aurélio, Margarida Neide e Rino Marconi.
Também serão contatados os familiares de filiados ilustres do Sinjorba que já faleceram, a exemplo de Ademar Gomes, Adroaldo Ribeiro Costa, Alberto Miranda, Ana Tereza Baptista, Anísio Félix, Antônio Jorge Moura, Ariovaldo Matos, Béu Machado, Chico Bina, Glauber Rocha, Hélio Pólvora, James Amado, João Ubaldo Ribeiro, Joaquim Cruz Rios, Jorge Amado, Jorge Calmon, Jorge Medauar, Luís Henrique Dias Tavares, Maria José Quadros, Nilson de Oliva Cezar (Pixoxó), Paulo Gil Soares, Paulo Tavares, Vanderlei Carvalho, entre outros.