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Sinjorba convoca jornalistas baianos para pesquisa nacional sobre saúde mental promovida por FENAJ e Fundacentro

por Fernanda Gama

A Federação Nacional dos Jornalistas (FENAJ), em parceria com a Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro), deu início a uma pesquisa nacional sobre saúde mental de jornalistas. O objetivo é identificar variáveis associadas ao sofrimento mental no exercício da profissão e, a partir disso, propor políticas que protejam esses profissionais.

O projeto foi lançado em abril de 2024 e, apesar da relevância do tema, ainda precisa de maior adesão da categoria para garantir uma amostragem representativa. Por isso, o Sinjorba convoca os jornalistas baianos a responderem ao questionário e contribuírem para a construção de um diagnóstico fiel sobre as condições de trabalho e seus impactos na saúde mental.

Para participar, basta preencher um questionário online padronizado, que aborda questões relacionadas à rotina profissional. Todas as respostas têm caráter sigiloso, passam por tratamento estatístico e não permitem identificação individual.

Coordenação e objetivos

 A pesquisa é coordenada pelo professor Marcelo Kimati Dias, do Departamento de Saúde Coletiva da Universidade Federal do Paraná (UFPR), atuando por cessão de vínculo na Fundacentro-MTE. O estudo conta com o envolvimento da Secretaria de Saúde e Segurança da FENAJ e dos departamentos de Saúde dos sindicatos filiados.

Com essa iniciativa, a FENAJ, seus 31 sindicatos filiados e a Fundacentro buscam identificar os impactos do trabalho jornalístico sobre a saúde mental, auxiliando pesquisas paralelas já em andamento e oferecendo subsídios concretos para negociações sindicais, formulação de políticas públicas e criação de leis que protejam os trabalhadores do assédio, da pressão e da precarização.

Saúde mental é um direito

No Setembro Amarelo, mês de prevenção ao suicídio, o Sinjorba reforça a importância do cuidado com a saúde mental. Mais do que uma lembrança pontual, trata-se de uma atenção que deve ser permanente, sobretudo diante do crescente adoecimento da categoria.

Para a presidenta do Sinjorba, Fernanda Gama, a realidade cada vez mais dura enfrentada pelos jornalistas tem influenciado diretamente no aumento dos casos de estresse e adoecimento. “A saúde mental no ambiente de trabalho precisa de maior atenção, especialmente diante do avanço dos casos envolvendo jornalistas”, diz. Ela ressalta que esse problema é consequência da violência, da precarização, da sobrecarga e da sobreposição de tarefas. “A pejotização e a insegurança, somadas ao avanço tecnológico usado somente para amplificar resultados dos contratantes, impõem uma rotina de ansiedade permanente que tem levado muitos colegas ao estresse, com reflexos na saúde”, completa.

Já o primeiro vice-presidente da FENAJ, Moacy Neves, destaca que a participação dos jornalistas da Bahia é essencial para fortalecer a pesquisa nacional e embasar a luta por direitos, tanto no estado quanto em todo o país. “O Sinjorba tem divulgado essa iniciativa de forma constante e está empenhado em garantir uma amostragem ampla, capaz de produzir um diagnóstico científico dos problemas que atingem nossa categoria”, declara. O ex-presidente do Sindicato conclama os colegas a participarem do levantamento: “Contribuir com este trabalho da Fundacentro é fortalecer nossa luta por políticas públicas e melhorias nas condições de trabalho do Jornalismo.”

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