Com o apoio institucional do Sindicato dos Jornalistas da Bahia (Sinjorba) e da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), a Associação Bahiana de Imprensa lança, na terça-feira (dia 30), o “Protocolo Antifeminicídio – Guia de Boas Práticas para a Cobertura Jornalística”. Inicialmente apresentada em formato e-book, a publicação tem como proposta sugerir aos profissionais de comunicação uma postura mais sensível e ética ao abordar os crimes associados às diversas formas de violências de gênero. O lançamento está marcado para as 10h, no Auditório Samuel Celestino, 8º andar do Edifício Ranulfo Oliveira, na Praça da Sé.
Elaborado por uma equipe da diretoria e do corpo técnico da ABI, o Protocolo Antifeminicídio apresenta – entre outros conteúdos – estatísticas, legislação, indicações das redes de acolhimento à mulher vítima de violências e uma espécie de cartilha para orientar a apuração e redação de reportagens sobre o feminicídio.
Um dos capítulos do documento resgata quatro casos que, embora separados pela linha do tempo, se assemelham na forma como foram tratados pela mídia: Júlia Fetal (1847), Ângela Diniz (1976), Sandra Gomide (2000) e Sara Freitas (2023) são ícones do fenômeno da revitimização das vítimas. E é para propor mudanças nesse cenário, que o Protocolo recomenda uma série de boas práticas.
Em visita à Bahia no início do mês, a presidente da Fenaj, Samira de Castro, se reuniu com a direção da ABI para conhecer o protocolo. Ao garantir o apoio institucional da Federação, a dirigente ressaltou a importância da publicação para a qualificação do jornalismo baiano e nacional. Presente à reunião, a vice-presidente do Sinjorba, Fernanda Gama, elogiou a iniciativa e reiterou o apoio do Sindicato.
Com projeto gráfico assinado pela designer Daniela Alfaya, o protocolo foi proposto, escrito e defendido pelas mulheres da ABI, com o patrocínio da agência ATcom.