A Comissão de Mulheres do Sinjorba participa, em Vitória da Conquista, nesta quarta (13), a partir das 18h, do ato “Mulheres Contra o Assédio”, que denuncia um ano de impunidade em torno graves fatos ocorridos na Assessoria de Comunicação e no Sistema de Rádio e TV da UESB. O evento acontece no mesmo dia em que será realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT) audiência em torno de Ação, movida pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) contra a universidade, por dano moral coletivo.
O ato será realizado no Auditório I do módulo Luizão da UESB e contará com a participação de importantes entidades como a Comissão da Mulher da OAB, Sindicato dos Professores da UESB (ADUSB), Sindicato dos Técnicos da UESB (AFUS), Diretório Central dos Estudantes (DCE), União de Mulheres de Vitória da Conquista (UMVC), Sindicato dos Bancários, APLB-Sindicato, Conselho Municipal da Mulher, entre outras. A vereadora Márcia Viviane (PT) e a historiadora Márcia Lemos também confirmaram presença na atividade.
Durante esse ano, após diversas cobranças do Sinjorba e a notificação do Ministério Público do Trabalho (MPT) sobre abertura de investigação, a Reitoria da UESB instalou uma sindicância, que confirmou a prática de assédio contra vários servidores, a maioria mulheres, indicando quatro pessoas a Processo Administrativo Disciplinar (PAD). Porém, além da morosidade no encaminhamento das medidas, desde então vêm tentando descredibilizar o Sinjorba e as vítimas. Enquanto isso, as denúncias continuaram. Hoje, há cinco denunciantes e mais quatro testemunhos da prática criminosa na Assessoria de Comunicação e no Surte.
Um ano depois, a comunidade não tem notícia de como anda o PAD, mas sabe que por decisão unilateral do reitor Luiz Otávio, o Processo Administrativo foi circunscrito a apenas um servidor, desrespeitando o trabalho feito pela Comissão Sindicante. Grave, uma das pessoas acusadas pelos servidores e apontadas pela Sindicância como praticante de assédio ocupa hoje os cargos de chefia no Surte e Ascom, comandando aqueles que testemunharam a prática. Hoje, as três acusadas poupadas pela Reitoria estão processando o Sinjorba e dois de seus diretores.
“É lamentável o descaso da Reitoria da UESB com todas essas denúncias. Mesmo após apuração e relatório da Comissão de Sindicância confirmando os assédios, a Universidade continua desrespeitando as vítimas e até mesmo os membros desta Comissão designada pela própria Reitoria, já que ignorou a indicação para o PAD dos acusados de serem assediadores”, ressalta a vice-presidente do Sinjorba, Fernanda Gama, que convida a comunidade para o ato nesta quarta-feira. “Março é um mês representativo para as mulheres, símbolo de luta e defesa dos nossos direitos. E no dia 13 vamos fortalecer essa luta tão importante, que é o combate a todos os tipos de assédio e opressão direcionadas às mulheres. Juntas vamos mais longe”, finaliza Fernanda.
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