O Sinjorba enviou, nesta sexta (03), oficio ao setor de Recursos Humanos do Jornal Correio, após tomar conhecimento do Comunicado Interno emitido pela empresa informando aos funcionários sobre redução de 25% dos salários, com redução de 25% da carga horária de trabalho.
No oficio o Sinjorba solicita que o Correio, antes de qualquer medida de redução e retirada de direitos e conquistas salariais, estabeleça um diálogo com a entidade sindical representativa dos seus colaboradores para buscar alternativas que evitem determinações drásticas, com flagrante prejuízo ao lado mais fraco da relação de trabalho, que é o empregado.
O Sinjorba reconhece que a Medida Provisória 936/2020, publicada em 1° de abril, entrega esta prerrogativa ao empregador de propor a redução salarial, bem como firmar acordos individuais com seus empregados, sem a anuência do Sindicato. Mas a entidade alegou que mesmo com as dificuldades que todas as empresas no Brasil enfrentarão com a pandemia do coronavírus, não é hora ainda de a empresa apressar decisões, já que estamos ainda no início da terceira semana de efetiva crise em nosso território.
No documento o Sinjorba diz ainda que desde o início da crise do coronavírus tem procurado o RH do Correio para discutir algumas questões de ordem trabalhista, como o envio dos repórteres às ruas utilizando transporte por aplicativos e táxis, mas que não obteve êxitos. Em outra frente, uma carta assinada pelos diretores do Sinjorba que são funcionários do jornal, Carmen Vasconcelos e Arisson Marinho, pede explicações sobre os impactos concretos que uma medida trará na relação de trabalho e na execução do serviço.
Para a entidade, para que se sobreviva a esse momento, é necessário que as empresas mantenham o diálogo com os trabalhadores e suas organizações representativas. “Pedimos que o Correio suspenda a medida citada, envie ao Sindicato a minuta da proposta que está apresentando e marque uma reunião com a entidade para debater formas de enfrentar a crise, sem comprometer a sobrevivência dos trabalhadores”, reforça Carmen Vasconcelos.
Importante ainda salientar que as informações que o Sinjorba tem hoje do funcionamento da redação dão conta que o número de profissionais já não é suficiente para a demanda existente, situação que se agravará muito com uma diminuição de 25% na jornada de trabalho.