É com tristeza que o Sinjorba recebeu a notícia do falecimento do músico e cantor Zelito Miranda, aos 66 anos, na manhã desta sexta (12), vítima de problemas pulmonares. A perda é ainda mais impactante para os jornalistas que desfrutaram de sua companhia e talento, no forró que o Sindicato realizou, no dia 1º de julho.
Para o presidente do Sinjorba, Moacy Neves, “a perda de Zelito é a perda de uma parte da alegria do São João raiz. Uma das atrações do último Arraiá dos Jornalistas, ele nos brindou com algo muito importante: o companheirismo e a solidariedade”.
Artista de vários talentos, antes de firmar sua carreira musical, Zelito perambulou pelas artes plásticas, teatro e cinema, até chegar à música e ao forró. Com 40 anos de carreira, mais de 200 músicas, 12 Cd’s e um DVD gravados, sua contribuição abarca um repertório múltiplo, especialmente daquilo que ele chamou de MPN (Música Popular Nordestina).
Influenciado não apenas pela MPB, mas também pelo rock e com passagens marcantes pelo carnaval da Bahia, experimentando o som eletrizante dos trios, acabou recebendo o carinhoso título de “Rei do Forró Temperado”, por produzir um trabalho que preserva a sonoridade do gênero, mas abre espaço a novos instrumentos, arranjos e melodias.
Sempre com uma postura autêntica e irreverente, a carreira do forrozeiro de Zelito Miranda fugiu aos padrões estéticos tradicionais, imprimindo uma marca original e única ao cenário musical, que seguirá sendo lembrada.
O sepultamento acontece na tarde desta sexta-feira (12), às 16h30, no cemitério Bosque da Paz.
