O jornalismo baiano se despediu hoje, do colega Neomar Cidade, 78 anos, quase 50 anos dos quais dedicados a sua atividade profissional. Ele estava internado no Hospital da Bahia e a causa da morte foi uma doença cardíaca. O corpo do jornalista foi sepultado no Cemitério Bosque da Paz.
O jornalista Neomar Cidade era um dos últimos remanescentes do jornalismo boêmio baiano, tendo trabalhado nas redações dos principais jornais do estado. De acordo com o site Notícia Livre, o qual era um dos diretores, ele se sentiu mal, na últma terça-feira (1º) , ficou dois dias internado na UTI, mas, não resistiu.
Neomar iniciou a carreira no extinto Diário de Notícias (Diários Associados), onde foi repórter, editor e secretário de redação. Atuou também como editor no A Tarde, Correio da Bahia, Tribuna da Bahia, na revista Bahia em Foco e no extinto jornal impresso Bahia Notícias. Neomar foi assessor de imprensa de órgãos como a Secretaria de Finanças da Prefeitura de Salvador, Centro Industrial de Aratu, Desenvale, Fundac, Assembleia Legislativa, da Prefeitura de Lauro de Freitas, Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos, e outros.
Conhecido pela cara fechada e pelo aparente mau humor com os novatos, aos poucos se revelava uma pessoa alegre e risonha, que emitia suas opiniões com uma ironia fina. Acompanhou de perto a política baiana e era reconhecido como um grande digitador, provavelmente por ter sido também pianista, chegando a escrever no escuro, nos frequentes blecautes que assolavam Salvador, na década de 1960.
O jornalista deixa esposa, quatro filhos e seis netos.