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Pedido

por Fernanda Gama

O Sinjorba (Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia) apresentou o pleito de inclusão no plano de vacinação do Estado dos jornalistas e radialistas que estão na linha de frente do trabalho, em redações, cobertura externa e assessorias. Os números apresentados comprovam o alto grau de adoecimento e mortes destes profissionais e como a sua imunização pode ajudar a frear o avanço da Covid-19.

Este pleito foi feito nacionalmente pelas entidades representativas da categoria ao Ministério da Saúde. O Sinjorba protocolou pedido desde o início de março/2021 na Secretaria de Vigilância em Saúde do MS, porém, até o dia 19/05/2021, não recebeu qualquer retorno da instituição.

Repórteres, fotógrafos, assessores, cinegrafistas, produtores, designers gráficos e editores estão na linha de frente, nas ruas ou nas redações, atuando há mais de um ano, sem tréguas, contra a Covid-19, em sintonia com os profissionais de saúde e autoridades sanitárias, cumprindo o importante e indispensável dever de bem informar a população.

Estes trabalhadores retornam para suas casas, muitas vezes utilizando transporte público. São, portanto, vetores de transmissão da Covid-19. Imunizados, além de garantir condições mais seguras para o desempenho de suas atividades profissionais “essenciais”, contribuirão para preservar a saúde de familiares e outras pessoas com as quais mantêm contato cotidiano.

Os jornalistas e radialistas não são categorias numerosas, portanto, não causarão maiores transtornos ao programa de vacinação do Estado. Hoje, pelo levantamento do Sinjorba, há em torno de 5 mil jornalistas em atuação no Estado, sendo que uma parte considerável já está imunizada por idade ou por comorbidade.

Ao tempo em que agradecemos a decisão da CIB (Comissão Intergestores Bipartite) de incluir jornalistas, radialistas, cinegrafistas, fotógrafos e blogueiros acima de 40 anos na vacinação prioritária, reivindicamos dos gestores de saúde que ampliem as faixas etárias e os grupos a serem vacinados, de forma a garantir a efetiva imunização deste segmento. Importante salientar que os repórteres que estão na linha de frente são da faixa etária entre 23 e 50 anos. Muitos, portanto, ainda não serão atingidos pela decisão.

O levantamento das prioridades pode ser feito considerando as listagens a serem apresentadas pela entidade de classe e pelos veículos de comunicação, cruzadas com as listas de registro profissional a serem apresentadas pela SRTE-BA (Secretaria Regional de Trabalho e Emprego), órgão ligado ao Ministério da Economia. Ou mesmo por cadastramento direto dos profissionais junto às secretarias municipais de saúde.