A diretoria do Sinjorba se reuniu nesta quarta-feira (1) com o presidente da Tribuna da Bahia, Walter Pinheiro, para discutir a situação dos funcionários do jornal.
Durante a reunião, a entidade, representada por Moacy Neves (Presidente), Fernanda Gama (vice-Presidente), Líliam Cunha (diretora) e Victor Gurgel (assessor jurídico), abordou as reivindicações e reclamações dos jornalistas, já listadas em um documento enviado à empresa no dia 25 de janeiro. Além disso, cobrou a celebração de Acordo Coletivo, que há anos não é celebrado.
O presidente da Tribuna, jornalista Walter Pinheiro, discorreu sobre a realidade da empresa e dos problemas que enfrenta desde o fim dos anos 90 do século passado. Ele frisou como as crises sequenciais na economia brasileira atingem mais fortemente o jornal, uma vez que não há um grupo econômico que sustente o diário, como ocorre em outras empresas de comunicação da Bahia.
Em resposta, a diretoria do Sinjorba se colocou à disposição para debater com o jornal soluções aos problemas de uma maneira que não sacrifique seu funcionamento, mas também não jogue nas costas dos empregados o custo do negócio. “Entendemos as dificuldades históricas do jornal e somos solidários, pois não interessa ao Sindicato que mais uma empresa feche as portas no Estado, mas é preciso que os direitos dos trabalhadores sejam assegurados e cumpridos”, disse Moacy.
Walter Pinheiro mostrou-se aberto ao diálogo sobre as pautas apresentadas e concordou em participar de um grupo de trabalho com o Sinjorba para tratar das questões suscitadas. Por sua vez, o Sindicato acredita que encontrar coletivamente os caminhos que representem avanços concretos na pauta é a melhor forma de atuação, dado à crise dos veículos impressos, que sofrem com a queda da receita publicitária, diminuição das assinaturas e queda na compra direta.
Da semana que passou para cá já houve um avanço concreto, que foi a regularização dos salários, que neste momento encontra-se em dia. Sobre isso, aliás, a diretoria fez questão de frisar ao presidente da Tribuna, sobre como os atrasos diminuem a renda dos jornalistas, que pagam suas contas e obrigações com multas e juros, comprometendo a própria sobrevivência.
Na segunda (06) a entidade entrará em contato com a Tribuna da Bahia para marcar a primeira reunião do grupo que tratará da pauta.