Como a Fênix que evoca a força do renascimento, o Sinjorba hoje se faz presente na sociedade, após um movimento de resgate da entidade, em 2018, que contou com a participação de dezenas de jornalistas filiados, que reconhecem a importância do Sindicato dos Jornalistas da Bahia como representante do jornalismo baiano.
Esse renascimento tem especial importância no Brasil de hoje, quando governantes avançam sobre a legislação trabalhista, impõem uma brutal precarização das relações de trabalho e tentam desregulamentar a nossa profissão. A entidade novamente está ativa, em reconstrução, encarando as dificuldades existentes e sacudindo a poeira para fazer a firme defesa dos seus representados.
Ao longo desses 69 anos, a trajetória do Sinjorba tem registrado altos e baixos. Enfrentou muitos desafios e passou por várias fases, mas sempre tendo a capacidade de ação como principal marca.
Em 17 de abril de 1951, o Ministério do Trabalho concedeu ao Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado da Bahia a Carta Sindical, documento oficial que reconhece a legitimidade de representação de uma categoria por aquela entidade de classe. Foi a coroação de um movimento que se iniciara antes, em 14 de abril de 1945, quando a entidade nasceu como Associação dos Jornalistas da Bahia.
Durante a ditadura militar de 1964, a entidade foi fechada e depois reaberta sob intervenção do governo central. Sobreviveu aos ataques e retornou forte após a reabertura democrática, em 1985. Provou que resistência e resiliência estão no DNA dos jornalistas.
Nos final dos anos 90 do século passado e início dos anos 2000, com a crise nas empresas de comunicação e o enxugamento dos postos de emprego, o Sindicato passou a encarar outras dificuldades, mas foi se adequando à realidade para continuar representando a categoria. Com a mudança do perfil da contratação do trabalho jornalístico, os desafios aumentaram e o declínio de representação foi sensível.
Nos últimos anos, o Sinjorba enfrentou a sua mais grave crise, com a redução do número de filiados com contribuição regular e queda de sua representatividade política, resultado de um mercado cada vez mais dominado por modelos de contratação não-coletiva e precária, com a categoria pulverizada em centenas de empresas pequenas ou individuais. E, façamos a autocrítica, também pela falta de um projeto sindical que compreendesse as transformações da sociedade e do perfil da categoria.
Porém, vivemos um novo momento. Sob várias mãos e muitos apoios, é possível gritar um viva ao nosso Sinjorba, em seus 69 anos de história, com a garra e a força da renovação e esperança no compromisso coletivo.
Viva o nosso Sinjorba em seus 69 anos de muita história!