O Sinjorba recebeu em seu e-mail oficial nesta sexta-feira (03) uma carta-resposta da UESB ao ofício 010/2023 da entidade, que pediu investigação por parte da Reitoria de denúncias de assédio moral na TV, Rádio e Assessoria de Comunicação da Instituição. O material foi, quase que simultaneamente, também enviado ao WhatsApp pessoal do presidente do Sindicato, de um número desconhecido e publicado pela Assessoria de Comunicação da Universidade no grupo que a organização mantém no aplicativo de mensagens. Jornalistas de veículos também tiveram acesso ao documento ao mesmo tempo, para publicação.
A resposta é um arrazoado textual repleto de elogios aos setores citados e seus gestores (veja o texto na íntegra, ao final desta matéria), e tenta imputar ao Sinjorba suposta atitude antiética e antiprofissional, como se fosse o Sindicato uma empresa jornalística. Insinua ainda que os jornalistas autores da denúncia teriam cometido faltas ou desvios profissionais que justificariam as medidas adotadas. Em tempo, os profissionais são servidores que nunca receberam uma única advertência no período em que trabalharam – ou trabalham – no SURTE e na Assessoria.
Apega-se a Reitoria, ainda, a uma carta aberta divulgada na quarta (01), assinada por subordinados dos gestores que estão sendo acusados de assédio moral (vários jornalistas preferiram não assinar). A carta já tinha cometido a impropriedade de atribuir à nossa entidade o dever de apurar a denúncia que acontece dentro dos muros da Universidade. Ao ser citada na resposta oficial da instituição, a publicação passa a fazer parte de sua história. Bastante consciente do que ocorre nessas situações, o Sindicato tem apenas a comentar: cada colega que assinou é que sabe, em seu íntimo, porque a sua assinatura está nesse documento e nossa diretoria respeita o que sentem e entende seus motivos.
Por fim, a resposta da Reitoria deixa claro que a UESB não vai abrir investigação para ouvir as denúncias e apurá-las. O Sinjorba cumpriu seu papel. Procurou a Universidade e relatou a situação. Como se trata de um órgão da instituição, caberia a esta instalar uma sindicância para confirmar ou descartar a alegada prática de assédio moral. Como, pelo texto, a opção foi não tomar qualquer medida, a Reitoria repassou, por omissão, um papel que lhe cabia por dever de transparência. Nesta segunda-feira (06), uma representação será protocolada no Ministério Público do Trabalho (MPT).
Leia aqui a Resposta Reitoria (1) na íntegra